A Igreja está a vivenciar a primavera da misericórdia, onde ela floresce, exala, encanta e possui como finalidade frutificar o Céu. Mas, quem é a misericórdia? A misericórdia é o próprio Deus e sua forma de amar.
Ela vem ao nosso encontro na simplicidade do cotidiano: no brilho de um olhar que revela esperança, em um abraço que acolhe, em uma mão que se estende para nos tirar do estado de pecado, em um ouvido posto a escutar. Nos gestos onde sentimos o toque de Deus, ali transborda a misericórdia, sem esquecer da Providência. Quão doce e agradável é a ação da misericórdia que com ternura preenche o nosso ser, retirando-nos da solidão.
Ao tomar conhecimento da existência da maldade por tê-la experimentado o homem passa a sentir a dor da solidão. Solidão oriunda dos questionamentos em que as respostas parecem estar obscurecidas, solidão vinda da desobediência e aridez espiritual, solidão consequência de um vazio semeado, solidão por ter-se afastado da presença de Deus.
No homem há diversos campos onde a solidão pode habitar, tais como o campo afetivo, vocacional, cultural, social, dentre outros. O homem tem a necessidade de se sentir completo, pleno, pois sua grande sede de infinito busca grandes coisas. Para encher-se é preciso ir além da realidade terrena, é preciso mirar o Céu e permitir-se ao encontro com a Misericórdia que nos excede.
A misericórdia sendo manifestação do Amor é capaz de descer até a solidão do homem e realizá-lo em plenitude! Por isso, uma vez alcançados pela misericórdia passamos a transbordar de alegria, trazemos o desejo de anúncio, nos assumimos felizes, novas criaturas, em poucas palavras sentimo-nos filhos amados.
Como sugestão para o mês de outubro pratiquemos o lema Ora et labora, sejamos íntimos da misericórdia pela oração e pelo livre serviço missionário e que assim, na primavera da misericórdia possamos nos permitir, sanando toda a solidão que há em nós.
Por GC Bruno Lucena, MFSVA
Guardião do Movimento Auxilia
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